quinta-feira, 7 de junho de 2012

Intensidade

Eu não sei ser pela metade, eu sou intensa. Não dizer o que eu sinto me deixa transtornada. Coisas comuns me irritam. O que os outros pensam de nada me adianta. O silencio é a coisa que mais me aborrece e me confunde. Eu gosto de português, de filme, de boa música e de particularidades. Eu gosto das essencias do mundo, da intensidade da vida. Eu só acho que as pessoas podem e devem ser mais humanas.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Sobre os breves amores...

Não gosto da praticidade das pessoas, muito menos da rapidez mundana. Eu gosto da acidez da vida, de estar vivo. Os amores da noite me enojam, apesar de já ter tido alguns vários desses. Só não quero chegar num café e ao som de uma boa música pedir um amor expresso, que vai embora com a mesma rapidez que me é sevido!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Uma valsa... - Reescrito!

Ela dançou como se ninguém a visse. Sentou e reclamou como se ninguém a ouvisse. Apaixonou-se tanto por um alguém que nem mesmo notava a sua reação. Ela cantava com a alma e sorria com os olhos, fechada na sua própria ilusão. 
Ele a observou. Ele se encantou ao vê-la dançando. Apaixonou-se por seu olhar vazio – agora um tanto menos – procurando alguém. Ele a olhou nos olhos e quase que instantaneamente ouviu a sua alma cantar.
Quantas noites ela passou em claro pensando que ele jamais a teria como sua dona. Quantas noites ele passou em claro ensaiando discursos – até tinha um pronto, na ponta da língua – para dizer a ela que está apaixonado. Dias se passaram sempre iguais, e nenhuma chance de um possível reencontro... Mas para ele o grande dia havia chegado. E, para ela mais um dia em que ela não seria notada.
O belo discurso, que ele ensaiou por dias, foi se esvaindo por entre os dentes e a sua garganta parecia fechar, no mais, tudo o que lhe saiu foi: “Quer dançar?” E, como era de se esperar, sorriu e aceitou aquele convite.
Eles dançaram como se não houvesse ninguém ali. Apaixonaram-se imediatamente – na cabeça deles – como se já não tivessem o feito.
De fato, não existiu amor mais belo, ainda que a pretensão de tal romance não fosse a velha estória do “felizes para sempre". E anos depois esse amor ainda pode ser sentido e vivido em cada salão de dança, em cada valsa suave, nos toques de mãos e na promessa dos olhares... Enquanto existir um casal que queira dançar a mesma música em nome de uma paixão.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Música pra alimentar a alma!

Mind over time - Interpol
I will still be up by fall
I'll still be up by fall either way
Still be up by fall
I'll be still to hear the call either way

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Sobre a arte de mentir!

Alguns dizem que é necessário mentir e que o fazem com naturalidade, outros já dizem que não conseguem mentir com clareza. Eu não entendo tal necessidade. Li que mentir é roubar de alguém o direito de saber a verdade, concordo. Uma verdade: A verdade dói e pesa. Mas o que realmente machuca é saber tal verdade depois de estar confortada por uma mentira. O pior é que tem gente que tem o dom! As pessoas mentem por uma única razão: Suprir a necessidade que aquilo fosse verdade! Não vejo outra opção. Mentem pra tirar do centro o que se julga "não ser certo". Pior, existem pessoas que mentem por tudo e sem precisão. Mentem onde estão, mentem onde vão, mentem o que são. Para mim, mentira nesse grau é falta completa de personalidade. É acreditar no universo que não existe. É criar um mundo paralelo para suprir e/ou explicar o que falta no mundo real.  Se eu minto? Sim, minto. Não significa que eu ache isso certo!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Vida sentimental no lixo? Sim!

 Eu, sem sombra de dúvidas, encontrei a minha por lá. Pros apreciadores de uma uma boa crônica do Veríssimo, isso pode soar poético ou, no mínimo, cômico. Mas pra mim, não. Parece mais uma versão trash de um filme de comédia idiota no qual alguém sempre se fode. E esse alguém, adivinhem? - Tcharãn - Resposta correta! Bingo! Eu! É, eu sempre faço algo - inconscientemente ou propositalmente, não sei - que estraga. Funciona mais ou menos assim: Tá tudo bem, o garoto diz que gostou e tá gostando e aí, eu começo a gostar também... Então, Páh! Ele some, evapora. Sério, todos eles devem ter cruzado com a mesma bruxa "paraguaia" que os transformou em grilos ao invés de sapos! Porque só assim pra explicar tal sumiço. Alguns deles podem ter tomado chá de sumiço, mas eu prefiro acreditar na história da bruxa. E então eu fico no vácuo, só com os sons dos pobres amaldiçoados grilos da minha vida sentimental. - Cri cri cri - Em algum momento da minha vida sentimental-fail, eu cometo algum erro! A questão é que a maioria ficaria triste, enlouquecida, mas eu não... Uso como forma de vingança e espero a próxima vítima a ser transformada num grilo! E assim a gente vai levando...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O problema é que a paciência parece falta de interesse.


                          Fabrício Carpinejar
"Indiferença: Não merecer uma resposta.
Desprezo: Não merecer nem a pergunta."
 
                              Fabrício Carpinejar

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Vazio.

Tava passeando pelo blog da Yaiá (vulgo Mayara Kiwi) e encontrei uma postagem que falava de vazio. Comentei. Gostei tanto que vou postar aqui! =)


Como se coloca vazio no papel? Não se coloca! Só se coloca no papel a essência, a vingança, o romance, a história e até o tédio. Mas o vazio não.. Vazio é algo indescritível. Vazio é algo inimaginável. Vazio é o vazio dos olhos, o vazio da pele, o vazio do cheiro, o vazio do toque. Vazio é puxar com toda força um gole de felicidade e nem um resquício de espuma sair. Vazio é vagar pelas ruas sem que ninguém te perceba. Vazio é ser alheio. Vazio é muito mais do que se pode colocar no papel.

Ahh, se alguém quiser ver a postagem da May.

Cotidiano vicioso.

Acorda. Banho. Escova. Pasta. Café. Pão. Escova.  Pasta. Espreguiça. Anda. Entra. Maquiagem. Desce. Sobe. Atravessa. Trabalha. Arroz. Refrigerante. Escova. Pasta. Água. Anda.  Sobe. Desce. Banho. Cama. Computador. Livro. Caderno.  Caneta. Computador. Come. Escova. Pasta. Banho. Roupa. Sapato. Anda. Sobe. Desce. Escada. Sala. Luz. Apaga. Acende. Sobe. Desce. Banho. Luz. Apaga. Dorme.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Para todos os que acreditam nisso.

"O que existe diante e atrás de nós é quase nada
se comparado com o que existe dentro de nós.
E quando trazemos  para fora o que temos dentro de nós, milagres acontecem."
Henry David Thoreau - Poeta, ensaista e filósofo norte-americano.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Música pra alimentar a alma!

Cachaça - Vanguart
Só me vem quando não há certeza
Me diz com juros pra pagar a beleza
Da incertidumbre das mesmas mãos que as suas
Me atinge da melhor maneira
Como canhão ou cachaça certeira
Pra antecipar a quarta-feira
Eu vou sair,
Talvez te encontrar
São cinco e meia da manhã
E cadê?
Você sorri movendo quase nada
E antecipa a velha longa estrada
E os teus galhos vão me arborizando nu
Ainda teimo que não sou pra isso
Mas seus olhos gostam de correr o risco
E querem estar só comigo
Eu vou sair,
Talvez te encontrar
São cinco e meia da manhã
Eu vou sair,
Pra não te encontrar
Não sei que horas da manhã.

domingo, 7 de agosto de 2011

sempre

fui sempre
de percorrer na carne
 o puído dos vãos
sempre de pôr o pé
na intimidade
das veias
sempre de lavrar
os dias mais
ferozes
para que doendo
amansem a morte

Fragmento do livro "Entre as junturas dos ossos - Poesias" de Vera Lúcia de Oliveira

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Tentativas.

Estou tentando não me importar tanto com o que não merece valor. Estou também tentando recuperar-me. Recuperar os meus pedaços que eu deixei vagando por aí, os meus restos de essências que eu deixei se perderem num meio fetido e fingido. Estou tentando recuperar os sorrisos bobos pelas coisas simples da vida. Estou tentando preencher meus vazios com as essências que perdi. Ah, meu caro, dói.. Dói sentir isso. Mas não duvide de mim, eu ainda consigo... Sorrisos, essências, sem vazios.

Desabafo (parte quatrocentos mil trezentos e doze)

É difícil compreender certas atitudes. Em um minuto é como se houvesse um vulcão em erupção debaixo dos seus olos, e em segundos vem uma calmaria complicada de se entender. Só esqueceram de deixar claro que quando há um vulcão nesse estado, as larvas podem queimar e machucar muito, e até causar danos irreparáveis. Queimaduras que podem demorar, mas cicatrizam. Só esqueceram de dizer também o que são cicatrizes. São marcas que relembram o que passou e muitas vezes ainda dói. Esqueceram que uma pele queimada nunca volta ao normal.