Ela dançou como se ninguém a visse. Sentou e reclamou como se ninguém a ouvisse. Apaixonou-se tanto por um alguém que nem mesmo notava a sua reação. Ela cantava com a alma e sorria com os olhos.
Ele a observou. Ele se encantou ao vê-la dançando. Apaixonou-se por seu olhar vazio – agora menos vazio – procurando alguém. Ele a olhou nos olhos e quase que instantaneamente ouviu a sua alma cantar.
Quantas noites ela passou em claro pensando que ele jamais a teria como sua dona. Quantas noites ele passou em claro ensaiando discursos – até tinha um pronto, na ponta da língua – para dizer a ela que está apaixonado.Dias se passaram sempre iguais... E logo, para ele, o grande dia. Para ela, mais um dia em que ele não a notava.
O belo discurso, que ele ensaiou por dias, foi se esvaindo por entre os dentes e a sua garganta pareceu fechar, no mais, tudo o que lhe saiu foi: “Quer dançar?” E, como era de se esperar ela sorriu e aceitou.
Eles dançaram como se não houvesse ninguém ali. Apaixonaram-se imediatamente – na cabeça deles – como se já não tivessem o feito.
De fato, não existiu amor mais belo! E anos depois esse amor ainda pode ser sentido e vivido em cada salão de dança, em cada valsa suave, nos toques de mãos e na promessa dos olhares... Enquanto existir um casal que queira dançar a mesma música em nome de uma paixão.
mto lindo! *-*
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