domingo, 13 de dezembro de 2009

ponto final.

- Agora acabou de verdade, não tem mais jeito. Vá embora. Suma da minha frente! (Disse aos gritos)

Em uma cena nada comum, ele saiu chorando. Arrependido pelo que tinha feito por tudo o que tinha falado. Ele não se perdoava como queria que eu o perdoasse? Saindo por àquela porta, sairia, simultaneamente, da minha vida, nunca mais me procuraria. E a partir dali qualquer coisa vermelha que visse na rua o faria lembrar de mim, especificamente, das minhas unhas e boca vermelhas o devorando a todo instante. Enquanto eu nem sei que cor o representa de tão pálido que está na minha memória. Talvez o preto e branco de uma fotografia antiga seja o mais adequado, dessas fotografias que me dá náuseas só de olhar, só de lembrar que aquele momento já existiu.


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